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De Wall Street

Ferrari estreia na Bolsa de NY valendo US$ 10 bi

Procura forte pelas ações da montadora italiana fez papéis saírem no topo da faixa de preços sugerida pelos bancos

Por ALTAMIRO JUNIOR
Atualização:

NOVA YORK - A montadora italiana Ferrari estreou nesta quarta-feira, 21, na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) avaliada em US$ 10 bilhões. A forte procura pelas ações fez os papéis saírem no topo da faixa de preços prevista na abertura de capital da empresa. As ações fecharam o dia em alta de 6%. O lançamento de ações da Ferrari movimentou US$ 890 milhões, sem contar um lote extra que ainda pode ser ofertado. A operação envolveu a venda de 10% do capital da montadora, que é controlada pela Fiat Chrysler. A empresa será negociada em Wall Street com o símbolo "Race" (competição, em português).

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A Fiat detém 90% da Ferrari. Os outros 10% estão com Piero Ferrari, filho do fundador da montadora, Enzo Ferrari, que manteve sua fatia. No prospecto da oferta, a empresa destaca sua atuação de nicho e aura de exclusividade, ressaltando que produziu 7,2 mil carros em 2014, número bem menor que as milhões de unidades produzidas por outras montadoras.

A faixa de preços proposta para as ações da Ferrari na abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) era de US$ 48 a US$ 52. Com a demanda alta, o papel saiu no topo da faixa. Segundo o jornal The New York Times, um dos indícios de que a operação da Ferrari seria bem sucedida foram as disputadas apresentações para investidores, que atraíram centenas de interessados em Londres e Nova York, além da cidade sede da companhia, Maranello, na Itália. O IPO foi coordenado por UBS e Bank of America Merrill Lynch. Outros bancos, como JPMorgan e BNP Paribas, também trabalharam na operação.

Em meio ao aumento da incerteza na economia mundial, com a China desacelerando seu ritmo de crescimento e dúvidas sobre quando os juros serão elevados nos Estados Unidos, o apetite por risco dos investidores em Wall Street diminuiu. Por isso, outras empresas que tentaram vender ações recentemente não tiveram o mesmo sucesso que a Ferrari. A processadora de cartões First Data vendeu ações com preços abaixo da faixa proposta. A cadeira de surpermercados Albertsons preferiu adiar sua oferta.

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