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Opinião|Censuraram o livro

Poucos conhecem Alexandre de Gusmão, apesar de existir a Fundação Alexandre de Gusmão. Mas uma pessoa com um poder temporário vetou a publicação do livro... que agora tem mais visibilidade, na sua publicação pela Editora Record!

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Atualização:

Pasme! O Brasil tem censura onde a censura não deveria existir em hipótese alguma. Synesio Sampaio Góis Filho, diplomata de carreira, conhecedor dos meandros da arte da composição e dos acordos que fazem a convergência das diferenças entre as nações, estudioso da história, acadêmico da Academia Paulista de Letras, acabou de escrever um livro importante sobre um dos principais nomes da diplomacia nacional.

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Alexandre de Gusmão pode ser considerado o pai do desenho do território brasileiro. Ele foi um dos principais negociadores que levaram Portugal e Espanha a assinarem o Tratado de Madri, que definiu e oficializou as fronteiras portuguesas na América do Sul, até meados do século 18 plotadas na base do mais ou menos.

Ilustre desconhecido de mais de 90% da população, que não tem a menor ideia da história e dos fatos que realmente fizeram diferença ao longo dos séculos, Alexandre de Gusmão é tão importante que dá seu nome ao principal instituto cultural do Itamarati, a Fundação Alexandre de Gusmão, do Ministério das Relações Exteriores.

O livro de Synesio, sobre Alexandre de Gusmão, seria publicado pela Fundação Alexandre de Gusmão. Seria, mas não foi.

Synesio convidou o Embaixador Rubens Ricupero, um dos maiores diplomatas do país e profundo conhecedor da história da diplomacia pátria, autor do premiado "A Diplomacia na Formação do Brasil", para escrever o prefácio do livro e aí a vaca foi pro brejo.

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Tem quem não goste do Rubens Ricupero e uma dessas pessoas, temporariamente exercendo cargo de poder, simplesmente vetou a publicação do livro pela Fundação Alexandre de Gusmão.

O tiro saiu pela culatra. Ao ser censurado, o livro ganhou visibilidade e a Editora Record vai publicar a obra. Quem ganha é o Brasil.

Opinião por Antonio
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