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Opinião|Festas, verão e Carnaval. Beber de forma inteligente é a pedida para uma vida mais saudável

O álcool é uma substância utilizada desde a antiguidade, em diversas culturas. Na sociedade atual, as pessoas bebem para celebrar, se divertir, relaxar. O consumo de bebidas alcoólicas em si não é um problema, a maior parte da população bebe de forma saudável.  O consumo inteligente ou moderado, caracterizado por até 1 dose por dia para mulheres e até 2 doses por dia para homens pode até ter efeitos benéficos para a saúde como a redução de risco para doenças cardíacas e diabetes (uma dose padrão equivale a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou um shot de destilado). No entanto o "beber em excesso" pode causar diversas consequências e riscos para a saúde.

Atualização:

Créditos: divulgação Foto: Estadão

Segundo Bettina Grajcer*, médica especialista em prevenção de álcool e drogas, "as doenças associadas ao consumo nocivo são um problema de saúde pública. O álcool é o quinto fator de risco para mortes prematuras ou incapacidades no mundo. Também está associado a consequências sociais como acidentes, violência e desemprego, que geram custos de saúde e sociais" .

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A redução do consumo nocivo é uma preocupação de diversos países. Mas, como fazer? Desde 2010 a OMS (Organização Mundial de Saúde) estabeleceu uma estratégia global para fomentar políticas públicas para a redução de problemas de saúde relacionados ao consumo indevido. Ainda segundo Bettina, "a solução não é simples. A OMS preconiza que todos os atores participem da busca de uma solução. Governos, organizações sociais e indústria tem realizado diversas iniciativas. No Brasil, temos avançado bastante no desenvolvimento de ações e políticas públicas em parceria entre o governo e a iniciativa privada". A Ambev, com uma estratégia que envolve vários stakeholders de forma consistente e cada vez mais profunda, já é destaque entre diversos países. A Heineken também investe em campanhas criativas na Europa, realizadas de forma transparente, com avaliações independentes e evidências que comprovem a eficácia das intervenções, as parcerias entre os diversos setores unem as expertises de cada parceiro, podendo trazer resultados transformadores.

Não interessa para a indústria de bebidas, as que estão interessadas em sobreviver no futuro, ter sua reputação associada ao alcoolismo e questões sérias de saúde pública.  Os compromissos assumidos por algumas marcas para não usar imagens de mulheres como objeto ou mesmo atletas como protagonistas de suas campanhas publicitárias, mostra uma consciência cada vez maior da indústria e de seus parceiros de comunicação, mesmo que tais compromissos ainda representem mudanças pequenas e lentas.

O fato é que a prevenção do consumo indevido de álcool é a causa clássica para uma marca de bebidas alcóolicas minimizar seu impacto negativo na cadeia de valor; uma iniciativa que acredito ser essencial. Pegar carona nos festivais de verão, nos blocos de carnaval que tornam esta temática mais divertida e, porque não, mais sensual, é um movimento que começa a emergir dessa sociedade contemporânea. São intervenções que tem o poder de se firmar na memória afetiva e sensibilizar milhares de pessoas para uma reflexão que visa educar a sociedade, de uma maneira criativa, a beber de forma mais inteligente. Atrás deste trio, só não vai quem já morreu.

 *Bettina Gracjer é co-fundadora da agência Lynx, empresa de marketing de causas da Holding Clube, onde ajuda organizações a mapear os seus desafios para sustentabilidade, projetar seu propósito e planejar o caminho para a entrega de resultados efetivos.

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Opinião por Wal Flor
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