Neste último fim de semana, o ministro de Finanças da Alemanha disse, no Canadá, onde reuniram-se ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do Grupo dos Sete (G-7), que o problema da Grécia não é assunto para ser tratado no âmbito do Fundo Monetário Internacional. Ele disse que esse era um problema interno da União Europeia, sugerindo que estava em curso uma operação de socorro.
Ainda não há informações sobre o que está sendo pensado. Mas parece inevitável que um empréstimo-ponte ou coisa parecida terá de vir acompanhado de algum controle sobre como esses recursos serão gastos e o que está sendo feito na Grécia para garantir tanto o pagamento da atual dívida como o retorno desse novo empréstimo.
Esse controle pode ser o início de um movimento de união política, na medida em que o Conselho Europeu passa a ter prerrogativas de intervenção na política fiscal e na execução do orçamento de um país-membro da União Europeia, coisa que até agora não era admitida.
De qualquer maneira, este poderá servir, também, como precedente para tratamento de outros casos parecidos dentro da União Europeia.