Celso Ming
14 de abril de 2016 | 21h00
Suponha que o processo de impeachment passe na Câmara e seja aberto no Senado. Nessas condições, a presidente Dilma teria de ser afastada. Assumiria o vice-presidente, Michel Temer. Pergunta: com que ministério? Com um novo ministério? Mas seria conveniente que um presidente interino montasse um ministério seu? E, se nomeasse esse ministério próprio, Temer não estaria atropelando o Senado, que ainda teria de examinar o processo de impeachment?
Com que companheiros?
Mas suponha que Temer assumisse interinamente e operasse com o atual ministério de Dilma. Que condições teria ele de despachar com Jaques Wagner, Aloizio Mercadante, Nelson Barbosa, Edinho Silva e Miguel Rossetto?
O pecado mora ao lado
Suponha ainda que, no dia 20, o Supremo entenda que o ex-presidente Lula pode assumir a chefia da Casa Civil e que a presidente Dilma o confirme no cargo. De que maneira o interino Temer conviveria com Lula na Casa Civil?
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