Hoje há quatro fontes de financiamento de longo prazo. A primeira delas é o BNDES, que se abastece ou do Fundo de Assistência ao Trabalhador ou no próprio Tesouro. Há, também, o Fundo de Garantia, que repassa recursos para a construção civil e obras de infraestrutura urbana. A outra é o mercado de ações, que fornece capital fixo para as empresas; e há os empréstimos externos concedidos às empresas.
A atuação do BNDES é bem-vinda, mas também inibe o desenvolvimento de um mercado de crédito de longo prazo no Brasil na medida em que os bancos não têm condições de competir com recursos subsidiados, que são os fornecidos pelo BNDES.
Mas não dá para saber como o governo vai incentivar a emissão de títulos de longo prazo com benefícios tributários. Os títulos que já existem, com prazo de seis meses, como é o caso das Letras de Crédito Imobiliário ou das Letras de Crédito Agrário, não conseguem densidade no mercado.Os próprios bancos não se interessam pela distribuição desses papéis na medida em que concorrem com os CDBs.
Também nesse segmento, uma coisa é prometer e pré-anunciar e outra, bem diferente, criar e fazer funcionar.