Celso Ming
23 de março de 2010 | 14h08
Os jornais de hoje noticiam e analisam o aumento do rombo externo, o chamado déficit em conta corrente. E noticiam, também, que o Banco Central não se mostra nem um pouco preocupado com a cobertura para esse rombo. Dá como favas contadas que esses recursos externos chegarão por meio do investimento estrangeiro direto e por meio das aplicações em renda fixa.
O problema é que não dá para contar com o investimento estrangeiro direto de maneira sustentável se o déficit externo ficar alto demais. A maior parte desse investimento estrangeiro vem para atender ao mercado interno e não para as exportações. Além disso, o Ministério da Fazenda tem feito restrições à entrada de recursos que estão sendo aplicados em ações e em títulos. Tanto fez, que impôs um IOF de 2%.
Então, se o governo conta mesmo com a entrada de capital estrangeiro, não faz sentido continuar a restringir sua entrada.
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