É uma situação muito próxima do pleno emprego. Em inúmeros setores começa a faltar mão de obra até mesmo não especializada.
No dia 12 de dezembro, na rede CBS dos Estados Unidos, o empresário brasileiro Eike Batista, contou que está importando soldadores dos Estados Unidos para trabalhar nas plataformas de sua empresa de petróleo.
Essa é uma situação sem precedentes no Brasil, que acontece quando o mundo rico está mergulhado no desemprego profundo. Na terça-feira, o Fed (banco central dos Estados Unidos) lamentava, no comunicado emitido logo após sua reunião para revisão dos juros, que não há nenhuma reação visível do emprego na economia americana. E esse é também o grande problema da Europa e do Japão.
Ainda ontem, o Ministério do Trabalho revelou que foram criados aqui no Brasil 2, 5 milhões de empregos com carteira assinada apenas nos primeiros 11 meses deste ano. Em grande parte, essa situação tem a ver com o forte aumento das despesas públicas - e esse é o primeiro lado ruim dessa notícia boa.
O outro é que esse aumento do emprego, e também o da renda, tendem a criar inflação, especialmente a partir do setor de serviços. E essa é a principal razão pela qual o governo Dilma já avisou que vai desacelerar o crescimento econômico.