As vendas dos shopping centers, por exemplo, registraram um aumento nominal de 5,5% no ano, mas descontando-se a inflação, a alta ficou em 1,7%, pouco abaixo dos 2% de 2017. Os números da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostram uma alta de 2,66% sobre 2017, depois de um acréscimo bastante parecido no ano anterior (2,13%) e de três anos seguidos de queda.
Só no caso específico do comércio eletrônico, pode-se dizer que o movimento deste fim de ano teve um avanço bastante significativo, mas é bom levar em conta que reflete uma adesão cada vez maior do mercado a esse canal de vendas, em substituição aos tradicionais -- o aumento de vendas, incluindo as das promoções na Black Friday, chegaram a 13,5%.
Por enquanto, os indicadores de desempenho do comércio no fim do ano confirmam a continuidade da melhora gradual da atividade econômica. Mas bem mais gradual do que se acreditava até o início de 2018. Falta, sem dúvida, um motor de arranque para acelerar esse movimento. E principalmente para garantir a estabilidade da marcha.
A julgar pelas manifestações das entidades representativas do comércio sobre as perspectivas da economia para 2019 -- assim como dos setores empresariais em geral -- há uma expectativa de que o arranque virá com o novo governo. Faltam, porém, definições mais claras da equipe de Bolsonaro sobre os instrumentos que serão utilizados nesse processo.