A equipe da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) precisa redobrar sua atenção. Ou melhor, direcioná-la também para os interesses dos consumidores.
Entre 2002 e 2009, os brasileiros pagaram R$ 7 bilhões a mais por erro de cálculo dos reajustes tarifários. Esse valor não foi devolvido nem compensado até hoje.
Recentemente, ficamos sabendo que o consumidor terá de arcar, ao longo dos anos, com R$ 62 bilhões, indenização que o então governo Dilma Rousseff prometeu e não pagou às distribuidoras, na mudança dos contratos em 2002.
Agora, o Instituto de Defesa da Cidadania de Formosa (GO) entrou na Justiça em função de R$ 1,8 bilhão cobrado a mais dos consumidores em 2016, pois as tarifas incluíram pagamento pela energia de Angra 3, que não estava pronta.
Desta vez, a Aneel afirma que o consumidor será ressarcido por reajustes menores. Essa sucessão de trapalhadas lembra os filmes de Monty Python, trupe inglesa que fez muito sucesso nas décadas de 1970 e 80. A diferença é que não há nada de engraçado nas trapalhadas da Aneel, porque são sempre contra o consumidor.