Ao contrário do temor de Bolsonaro de se tornar "uma rainha da Inglaterra", com perda de poder, a proposta é a definição das diretorias das agências a partir de lista tríplice a ser apresentada ao presidente da República. O indicado passará por sabatina no Senado antes de ser nomeado.
Caso se torne lei, ficará proibida a indicação de políticos e seus parentes para as diretorias, e as agências terão de manter programas de integridade para combate à corrupção. Os diretores não poderão permanecer no cargo além de um mandato de cinco anos.
É salutar exigir que os indicados comprovem experiência na área e não tenham atuado em empresas do setor de regulação nos últimos três anos. Assim como o prazo de 60 dias para preenchimento de cargos vagos.
Fundamental é evitar o desequilíbrio em favor de uma das partes, justamente a que detém o poder econômico e político. Temos de acabar com a prática de nomeações de novos diretores de agências, já compromissados com os interesses dos políticos que os apontaram, seguindo indicações dos próprios regulados. Autonomia orçamentária é outro aspecto importante para que não fiquem refém do governo.