Há uma combinação explosiva no ar, que pode afetar ainda mais o anêmico mercado de consumo. E, por extensão, o emprego e o poder aquisitivo das famílias: inflação alta e fim do auxílio emergencial devem fazer com que as classes D e E percam o equivalente a R$ 48 bilhões de sua renda, e a potencial paralisação dos caminhoneiros.
Por enquanto, parece que o movimento não prosperou, até porque parte dos caminhoneiros se identifica com o presidente da República. Mas o risco para a economia é muito grande.
Há outras ameaças no ar, obviamente: a cobrança de países europeus e dos Estados Unidos por uma política ambiental mais assertiva no Brasil.
O governo federal não dá mostras de levar o assunto a sério. E o ministro das Relações exteriores, Ernesto Araújo, voltou a atacar a China, no Fórum Econômico Mundial, ao tratar do tecno-totalitarismo.
Estão acendendo fósforos no paiol de pólvora, e só cabe ao consumidor cuidar muito bem do seu orçamento, para evitar sofrimento mais intenso neste cenário político-econômico lunático.