O PIB (Produto Interno Bruto) costuma ser conservador, e raramente se mete em enrascadas políticas. Mas suas principais lideranças, quando falam, não é simplesmente para dar sua opinião. Pois é, consumidora, consumidor: o 'PIB' está assinando um manifesto em defesa da democracia, o que significa, em resumo: não apoiam "aventuras autoritárias".
Parte expressiva da desgraça econômica que vem nos abatendo há muito tempo é política. Primeiramente, com as revelações da Lava-Jato. Depois, com o processo de impeachment da presidente Dilma. E, mais recentemente, devido às constantes ameaças do atual presidente, Jair Bolsonaro, à ordem institucional.
Isso tem preço. O dólar dispara, os preços dos combustíveis estão na lua (a gasolina já passou de R$ 7 em alguns Estados); commodities (como carne bovina e óleo de soja) ficam excessivamente caras para o bolso dos brasileiros, e o desemprego continua elevadíssimo. Multinacionais abandonaram o Brasil.
Então, para bem das instituições, da liberdade e da economia, a defesa da democracia já chegou ao chamado andar de cima, onde estão grandes empresários e banqueiros. Sem isso, não haverá confiança para aumentar os investimentos, empregar mais brasileiros e quebrar este círculo vicioso de empobrecimento da população e do País.