Sexta-feira, ganhamos mais um 'presente' do governo federal antes do feriadão: reajuste de 7,8% dos combustíveis. Os preços do litro da gasolina chegam a superar R$ 7, em alguns postos, lamentavelmente, valores que logo serão alterados. Como o óleo diesel move os caminhões no país, os aumentos de preços impactam toda a cadeia produtiva, e chegam à mesa e ao bolso do consumidor.
A discussão sobre o ICMS - imposto estadual sobre a circulação de mercadorias e serviços -, acusado de encarecer os combustíveis, é meramente política. O governo federal quer jogar a conta para os estados, mas o percentual de ICMS era igual quando a gasolina custava R$ 4. O principal vilão é o dólar.
Cairia muito bem um pacto de governabilidade para acalmar os mercados, fazer o dólar recuar e, com ele, todos os principais custos da economia, inclusive combustíveis e gás de cozinha. Um compromisso público com a estabilidade é urgente, mas é mais fácil e populista culpar o ICMS pela gasolina que, pelo preço, deveria ser vendida em joalherias.Ao consumidor cabe pesquisar preços, manter o carro ajustado (motor, pneus etc.) e, sempre que possível, usar bikes, transporte coletivo e veículos de aplicativos.