Longe dele, porém, contentar-se com essa posição. No radar de Maluf Jr., administrador de empresas formado pelo Mackenzie, aparece uma meta ambiciosa: simplesmente, ele quer dar um novo salto, transformando a empresa criada por seu avô, o imigrante libanês Aziz Jabur Maluf, numa rede de 560 lojas, com receitas de R$ 1 bilhão por ano, a partir de 2014.
Uma de suas providências foi contratar os serviços da consultoria americana Alvarez & Marsal para assessorá-lo. O plano implica a combinação do crescimento orgânico da rede atual da Colombo com a aquisição de concorrentes e a entrada em novos segmentos do varejo de vestuário. Entre eles, figuram o ramo de calçados masculinos, moda infantil e feminina. "Queremos ser os consolidadores do varejo brasileiro dirigido à classe média emergente", diz Maluf Jr. "Somos especialistas nos consumidores B e C." Nas suas contas, serão necessários R$ 300 milhões para o novo ciclo de crescimento - R$ 100 milhões em dinheiro novo, o restante gerado pela operação da rede.
Ao contrário do que aconteceu em expansões anteriores, financiadas com recursos próprios ou via endividamento, a Colombo está atrás de um sócio para investir no projeto. Até agora, Maluf Jr. já conversou com dois bancos e com dois fundos de private equity. A receptividade foi boa, mas nenhum acordo foi fechado. "Embora acreditemos que nosso projeto é vencedor, não vamos entrar em aventuras", diz Maluf Jr. "Ou arranjamos um parceiro ou ficaremos administrando a rede já existente, o que já está de bom tamanho."