De acordo com o planejamento da empresa, uma das líderes do mercado nacional de serviços de TI, a participação das receitas provenientes das operações no exterior deverá passar dos atuais 22% para 50% em 2014. Neste ano, o faturamento global deverá atingir R$ 820 milhões, um crescimento de 22% sobre o obtido em 2009. "Queremos chegar ao primeiro bilhão de reais em 2011", diz. Criada em 1987 por um geólogo - que iniciou sua vida profissional na área de TI do Bradesco -, a Stefanini é a mais internacionalizada das empresas do setor e a 17ª entre as multinacionais verde-amarelas, de acordo com a Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte. Há dois anos, por exemplo, foi aberto um escritório na Índia, a meca do outsourcing mundial. "Nos instalamos lá para atender um cliente global nosso, a Dell", diz Stefanini. No mês passado, começou a operar o escritório de Guadalajara, o terceiro da Stefanini no México.
O crescimento por aquisições também está em curso no Brasil. Nos últimos 12 meses, foram compradas três empresas nacionais. Nesse caso, a diferença é que, ao contrário dos alvos lá fora, constituídos por concorrentes diretos, as empresas incorporadas atuam em nichos não explorados pela Stefanini. "No exterior, queremos comprar volume; aqui, especialização", diz Stefanini. De onde virão os recursos para bancar os investimentos, já que a empresa não está na bolsa? "Vamos reinvestir lucros e utilizar nossa capacidade de investimento", diz. "Não é preciso um IPO para levantar dinheiro."