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Stefanini vai às compras no exterior

Nos próximos quatro anos, a Stefanini Solutions, do empresário paulista Marco Stefanini, pretende investir US$ 100 milhões na compra de companhias da área de tecnologia da informação (TI) no exterior. No radar de Stefanini estão empresas de médio e grande porte, entre 500 e 3 mil funcionários. Os Estados Unidos são o mercado de prospecção preferencial, mas também são cogitadas alternativas na Europa. A aposta nas aquisições é parte de uma mudança radical na estratégia de crescimento da Stefanini, que iniciou sua atuação no exterior em 1996 e já mantém escritórios em 19 países, onde trabalham 1,5 mil dos seus 8,5 mil funcionários. "O modelo de crescimento orgânico não será suficiente para atender nossos planos", afirma Stefanini.

Por Clayton Netz
Atualização:

De acordo com o planejamento da empresa, uma das líderes do mercado nacional de serviços de TI, a participação das receitas provenientes das operações no exterior deverá passar dos atuais 22% para 50% em 2014. Neste ano, o faturamento global deverá atingir R$ 820 milhões, um crescimento de 22% sobre o obtido em 2009. "Queremos chegar ao primeiro bilhão de reais em 2011", diz. Criada em 1987 por um geólogo - que iniciou sua vida profissional na área de TI do Bradesco -, a Stefanini é a mais internacionalizada das empresas do setor e a 17ª entre as multinacionais verde-amarelas, de acordo com a Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte. Há dois anos, por exemplo, foi aberto um escritório na Índia, a meca do outsourcing mundial. "Nos instalamos lá para atender um cliente global nosso, a Dell", diz Stefanini. No mês passado, começou a operar o escritório de Guadalajara, o terceiro da Stefanini no México.

O crescimento por aquisições também está em curso no Brasil. Nos últimos 12 meses, foram compradas três empresas nacionais. Nesse caso, a diferença é que, ao contrário dos alvos lá fora, constituídos por concorrentes diretos, as empresas incorporadas atuam em nichos não explorados pela Stefanini. "No exterior, queremos comprar volume; aqui, especialização", diz Stefanini. De onde virão os recursos para bancar os investimentos, já que a empresa não está na bolsa? "Vamos reinvestir lucros e utilizar nossa capacidade de investimento", diz. "Não é preciso um IPO para levantar dinheiro."

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