Cleide Silva
27 de outubro de 2014 | 14h50
SÃO PAULO – Consumidores não querem o mesmo produto no mundo todo. Um carro que é desejado por russos e americanos não é, necessariamente, o sonho dos brasileiros, principalmente quando se leva em conta a alta tecnologia.
Para provar os diferentes gostos dos consumidores, o presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, em recente seminário sobre a indústria automobilística, mostrou pesquisa feita por uma consultoria americana.
A questão era se a pessoa ficaria confortável em estar em um carro totalmente autônomo, veículo que a indústria promete para o futuro próximo.
Entre a média das pessoas consultadas em dez países, 57% disseram que sim. Mas a diferença das respostas de um país para outro é gritante.
Brasileiros são os que mais se sentiriam confortáveis – 95% dos entrevistados responderam sim à pergunta. Os japoneses são os mais desconfiados em relação a essa tecnologia inovadora e só 28% responderam afirmativamente.
Até os alemães, reconhecidos mundialmente pela capacidade de inovar e desenvolver novas tecnologias têm restrições ao carro que dirige sozinho e apenas 32% afirmaram que se sentiriam confortáveis num automóvel desse tipo.
Veja abaixo o porcentual, por país, de pessoas que afirmaram que ficariam confortáveis em estar em um carro autônomo:
Brasil – 95%
Índia – 86%
China – 70%
EUA – 60%
Rússia – 57%
Canadá – 52%
França – 45%
Reino Unido – 45%
Alemanha – 32%
Japão – 28%
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