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Indústria automobilística

Feliz 2017!!

SÃO PAULO - As montadoras iniciaram 2015 prevendo crescimento de 4% na produção de veículos. Passados cinco meses, refizeram a conta com uma reviravolta: agora apostam em queda de 17,8% em relação ao ano passado, o que levará o País a um retrocesso de nove anos no número de veículos que sairá das linhas de montagem brasileiras.

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Atualização:

Não bastasse essa previsão sombria, as expectativas para 2016 também não são animadoras. Muitos executivos do setor torcem para que este ano e o próximo passem rápido, pois só veem possibilidade de melhora nas vendas e, consequentemente na produção, a partir de 2017.

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Em abril o setor já havia revisto seus números, com projeção de queda de 10% na produção, mas, dois meses depois ampliou a expectativa de tombo. Mesmo processo ocorreu com as vendas, que começaram o ano numa toada de estagnação, revista depois para queda de 13,2% e, agora, para 20,6%.

Desemprego

O quadro recessivo está batendo forte nos empregos. Em um ano foram eliminadas 14,1 mil vagas nas montadoras - 6,3 mil de janeiro para cá, sendo 1,4 mil em maio.

O cenário não é nada animador. A Mercedes-Benz, que no fim do mês passado demitiu 500 pessoas, já alega ter outros 1.750 excedentes na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

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Atualmente há 25 mil trabalhadores fora das fábricas, em férias coletivas ou lay-off (contratos suspensos), 18% do total de empregados no setor.

Montadoras e centrais sindicais esperam do governo federal uma medida que ajude a reduzir os riscos de demissões, o chamado Programa de Proteção ao Emprego.

Ele prevê redução de jornada de trabalho (há proposta de 30%), e corte nos salários na mesma proporção. Mas parte seria assumida pelo trabalhador e parte bancada pelo governo, com dinheiro do FAT.

Seria uma substituição aos gastos com lay-off e salário desemprego, alegam as montadoras, com a vantagem de que o funcionário continuaria empregado e recolhendo ao menos parte dos tributos - no caso, sobre os 70% dos salários que serão pagos pelas empresas.

A expectativa é de que esse programa seja anunciado nas próximas duas semanas.

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