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Indústria automobilística

Ford demite 137 em fábrica de motores de Taubaté

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Estoques elevados nas fábricas: metalúrgicos temem mais demissões Foto: Estadão

A Ford demitiu 137 funcionários da fábrica de motores de Taubaté (SP) nesta terça-feira, 31. Eles estavam afastados com os contratos de trabalho suspensos temporariamente (lay-off) há oito meses e o prazo do programa venceu. A fábrica emprega cerca de 1,7 mil trabalhadores, dos quais 1,5 mil na produção.

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Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, a Ford vai pagar aos demitidos 83% do salário por ano trabalhado. Para os trabalhadores com restrição médica, esse porcentual sobe para 140%.

São os mesmos porcentuais pagos a quem aderir ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) em vigor atualmente na empresa.

Inicialmente, esses trabalhadores ficaram em lay-off por cinco meses, período em que receberam parte dos salários por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Fat). Nos últimos três meses, a dispensa foi totalmente bancada pela montadora, já que o convênio com o Fat tem duração máxima de cinco meses.

Desde agosto do ano passado, quando começou o lay-off, a fábrica opera quatro dias por semana, informa o Sindicato. "Foram adotadas todas as ferramentas para tentar segurar esses pessoal, mas não foi possível", diz um porta voz da entidade.

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Em nota divulgada no fim da tarde, a Ford informou que realizou oc cortes "devido à redução do volume de produção". Informou que discutiu, em conjunto com o Sindicato, várias possibilidades para tentar solucionar esse excedente, "mas as alternativas foram insuficientes para manter os contratos de trabalho."

 As vendas totais de veículos no primeiro bimestre caíram 23,1% em relação ao mesmo período de 2014 e, segundo concessionários, março também foi um mês fraco. No mês passado havia 329 mil veículos nos estoques das fábricas e revendas, equivalentes a 50 dias de vendas.

Na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), que produz automóveis e caminhões, a Ford vai dispensar todos os cerca de 4 mil trabalhadores de 6 a 13 de abril, numa emenda com o feriado da Páscoa.

Outras montadoras, como Fiat, Mercedes-Benz e Scania também aproveitam o feriado para prolongar a parada das atividades na tentativa de reduzir estoques e de adequar a produção à demanda.

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