A greve da unidade terminou ontem após a empresa garantir três meses de estabilidade a esses trabalhadores após o retorno à fábrica. A paralisação durou seis dias e foi deflagrada porque o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos acreditava que todos seriam demitidos após o fim do lay-off.
Esta foi a maior paralisação ocorrida na GM de São José dos Campos, nos últimos 12 anos, segundo informou o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros. Ele foi reeleito ontem para ficar à frente da entidade por mais três anos.
A fábrica da GM em São José emprega cerca de 5,2 mil pessoas e produz a picape S10, o utilitário- esportivo Trailblazer, motores, transmissões e kits para exportação.
Um outro grupo de 798 trabalhadores que também teve os contratos suspensos por cinco meses voltou ao trabalho há duas semanas e tem estabilidade até agosto. Durante o período de lay-off o funcionários recebe parte dos salários da empresa e parte (R$ 1,3 mil) do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Também é obrigado a fazer cursos de requalificação no Senai.
A GM tem ainda 950 trabalhadores em lay-off na fábrica de São Caetano do Sul (SP). Também mantêm funcionários afastados por este sistema a Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo (SP) - 715 pessoas - e de Juiz de Fora (MG) - 170 -, e a Ford em Taubaté (224).
A MAN Latin America, de Resende (RJ) tem 2 mil trabalhadores em férias coletivas e a Volkswagen de Taubaté tem 210. Já a Ford colocou 420 funcionários em banco de horas por tempo indeterminado na fábrica de São Bernardo.
Em janeiro, a produção de veículos caiu 13,7% na comparação com o mesmo mês de 2014. Em todo o ano passado, a queda foi de 15,3% em relação a 2013.