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Indústria automobilística

Kombi se despede dos brasileiros de 'saia e blusa'

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SÃO PAULO - A Kombi, veículo mais antigo em produção no Brasil e no mundo, vai se despedir do mercado brasileiro de "saia e blusa", como é conhecida a versão pintada em duas cores.

Para o adeus da perua de quase 56 anos, a Volkswagen deve lançar em outubro uma série especial parecida à versão que comemorou seu cinquentenário em 2007, nas cores vermelha e branca.

 Foto: Estadão

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O preço deve ficar na casa dos R$ 42 mil a R$ 45 mil. A Kombi Edição 50 Anos teve apenas 50 unidades produzidas. A Volkswagen não dá detalhes sobre a edição final.

Apesar da idade, a Kombi é o furgão mais vendido do País. Neste ano, até junho, foram 10.925 unidades, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em 2012 inteiro foram 26 mil unidades.

O segundo colocado na lista de furgões mais vendidos, o Fiat Ducato, acumula 5.061 unidades no primeiro semestre deste ano.

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A Kombi sai de linha porque não tem estrutura para receber airbag e freios ABS, itens de segurança que passam a ser obrigatórios em todos os novos veículos brasileiros a partir de janeiro de 2014.

Para dar conta de uma possível corrida às lojas no fim do ano, a linha de montagem da Kombi na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, tem operado com horas extras.

Os funcionários são constantemente convocados para trabalhar aos sábados. O objetivo é ter estoques que durem até março. Embora a lei permita a produção do veículo sem airbag até 31 de dezembro, as vendas estão liberadas até o fim do primeiro trimestre do próximo ano.

 

A Kombi foi o primeiro veículo a ser produzido pela Volkswagen no Brasil, a partir de setembro de 1957. Dois anos depois, o Fusca entrou na linha de montagem.

A montadora ainda não anunciou a substituta da Kombi que, em princípio, deve ser importada a preços bem superiores ao da "velha senhora", paixão de muitos feirantes, pequenos comerciantes, pasteleiros, tintureiros...

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