Somava-se a isso a barreira de 35% de Imposto de Importação, enquanto para os demais setores da cadeia essa taxação varia de 12% a 14%. Na prática, segundo cálculos de empresários, a indústria automobilística operava com um dólar a R$ 4,00, enquanto para os demais a cotação era de R$ 2,30. "Essa diferenciação era por conta das vantagens que eles tinham e nós não", explica um executivo.
A cadeia automotiva é uma das mais longas da economia. Envolve, por exemplo, autopeças, fabricantes de aço, borracha, eletrônicos, parafusos, produtos químicos e plásticos.
Em sua defesa, as montadoras alegam que, junto com as autopeças, contribuem com 5% do Produto Interno Bruto (PIB) total e com 21% do PIB industrial, que gera empregos qualificados, tecnologia e elevados investimentos - o que justificaria o tratamento diferenciado.