Sentença Entre os maiores credores da Urbplan está a securitizadora Gaia, com cerca de R$ 200 milhões. O pano de fundo da discussão judicial são alegações de que o Carlyle esvaziou o patrimônio da Urbplan com a transferência de recebíveis e lotes para os veículos, mesmo que a loteadora já se mostrasse financeiramente frágil. A Urbplan pediu recuperação judicial oito meses após sair das mãos do Carlyle. O juiz, em sua decisão, afirma que a Urbplan e o Carlyle "agiram conjuntamente abusando da personalidade jurídica, visando à dissipação do patrimônio da loteadora, em prejuízo de seus credores, configurando a prática de fraude".
Interpretações Procurada, a Urbplan informou que sua recuperação judicial corre em foro distinto da referida decisão de primeira instância, portanto, não cabe à Urbplan manifestar-se.
O Carlyle Group esclareceu, em nota, que a Urbplan foi até 2017, um investimento proprietário indireto do The Carlyle Group L.P, separado e sem relação com os investimentos realizados no Brasil pela gestora de recursos de terceiros.
O Carlyle Group disse ainda que a RE Brasil e o BRL Partners FIDC irão recorrer da decisão no Tribunal de Justiça. Segundo o Carlyle Group, nocaso especifico do Banco BBM, uma liminar de arresto já havia sido concedida pelo mesmo Juiz que agora proferiu a sentença. Na ocasião de tal liminar, após recurso interposto pelas empresas, o Tribunal de Justiça de São Paulo reconheceu seu desacerto e a cassou.
O Carlyle Group contestou a tese apresentada pelo BBM e alguns outros credores, como infundada e que não deve prevalecer. "Não houve qualquer ato ilegal, desvio de finalidade, confusão patrimonial, e, muito menos, fraude, de modo que não existem fundamentos jurídicos para buscar a responsabilização das empresas por dívidas que são da Urbplan", respondeu o grupo na nota enviada à Coluna.
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