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Bastidores do mundo dos negócios

Caixa está mais próxima de aval do BC e de IPO de gestora de recursos

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Por Aline Bronzati (Broadcast)
Atualização:
Proposta de oferta de ações da "asset" será submetida ao conselho de administração  Foto Daniel Teixeira/Estadão Foto: Estadão

A Caixa Econômica Federal está mais perto de tirar do papel os planos de levar sua gestora de recursos à Bolsa, apurou o Broadcast. Um passo fundamental para esse movimento, o aval do Banco Central para a empresa que capitaneará a abertura de capital, é esperado para breve, possivelmente, nas próximas semanas, conforme fontes próximas ao processo e que concordaram em falar na condição de anonimato.

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Com o aval da autoridade monetária em mãos, a estratégia de levar a asset da Caixa à Bolsa deve ser acelerada, afirma uma delas. A ideia é tentar emplacar a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no segundo semestre deste ano, na esteira da abertura de capital do negócio de seguros, sob o guarda-chuva da Caixa Seguridade. O cronograma é apertado, considerando o fato de que o próximo ano será marcado por eleições presidenciais no Brasil, o que dificulta a busca de investidores para empresas estatais.

O passo a passo para o IPO inclui algumas etapas. A primeira, e que depende da chancela do BC, é a estruturação da empresa. Na sequência, deve ser feito um movimento de migração dos fundos para a asset para que, então, seja feito o IPO.

Reforço

Nos últimos meses, a Caixa tem reforçado a família de fundos da sua gestora de recursos, com captações bilionárias na área imobiliária, seu grande filão. Também tem lançado novos veículos de investimento em ações e de crédito privado, que adquirem títulos de dívidas de empresas.

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Além disso, o banco público também deve usar como trunfo para vender a história da sua asset aos investidores a bem-sucedida abertura de capital da sua holding de seguros, o primeiro IPO de sua vida. Desde que desembarcou na B3, as ações da Caixa Seguridade acumulam alta de cerca de 25%, considerando o preço do IPO, de R$ 9,67.  Como consequência, seu valor de mercado desde então passou de R$ 36 bilhões ante R$ 29 bilhões de quando colocou os pés na bolsa brasileira, no fim de abril.

Por ora, não há nenhuma gestora de recursos com capital aberto na B3. Outras candidatas vislumbram puxar essa fila. Há apenas gestoras de participação a exemplo da GP Investments.

A gestora de recursos da Caixa é a quarta maior do mercado brasileiro, com mais de R$ 419 bilhões sob gestão, considerando os critérios da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Até abril último, registra captação líquida de R$ 31,877 bilhões, conforme dados da entidade.

Procurada, a Caixa não se manifestou. O BC também não comentou.

 

Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 16/06, às 18h32.

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