Pesquisa feita pela XP Investimentos com clientes de alta renda aponta que 87% nunca investiram nos chamados ativos alternativos, como fundos de private equity, venture capital ou crédito podre. Por outro lado, 89% afirmaram ter interesse em saber mais sobre esse tipo de investimentos, considerados de maior risco. O levantamento ouviu dois grupos de clientes, os qualificados (com mais de R$ 1 milhão investidos) e os com patrimônio líquido superior a R$ 300 mil.
Quero mais. Gustavo Pires, diretor de fundos de investimentos da XP, afirma que o ambiente de juros baixos, com a Selic na mínima histórica, a 2% ao ano, é mais favorável para que os investidores apostem em ativos de maior risco. Como o Brasil deixou de ser o "paraíso do rentistas", os clientes passam a buscar opções que possam dar maior retorno. Segundo Pires, a fatia do portfólio que os clientes deveriam dedicar a essa classe de ativos vai depender do perfil de cada um, mas uma proporção de 5% é um "bom norte".
Gringos dominam. Ainda de acordo com ele, os estrangeiros são quem mais investem em ativos alternativos no Brasil, com participação de 70%. Essa representatividade pode cair para abaixo de 50% em 2021, não só porque os brasileiros devem demandar mais, mas também porque tem havido saída de recursos externos. De amanhã a quinta-feira, a XP promove evento para discutir as classes de ativos alternativos, a XP Alternative Week, que também divulgará o estudo que resulta da pesquisa.
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