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Bastidores do mundo dos negócios

Acionistas da BrMalls pedem convocação de assembleia para votar fusão

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Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:
Shopping Villa Lobos, na capital paulista, é controlado pela  BrMalls. Foto: JB Neto/Estadão

As gestoras de recursos Truxt, Miles e Oceana que, juntas, têm 12% das ações da BrMalls, enviaram cartas, separadamente, para a administração da empresa de shoppings declarando apoio à proposta de fusão apresentada pela concorrente Aliansce Sonae. E mais: pediram que o tema fosse levado a votação em assembleia, de acordo com fontes ouvidas pela coluna. A BrMalls já disse não, em respostas individuais aos acionistas. Como cada um deles tem participação inferior a 5%, ficaram sem a força necessária para levar adiante o pedido de convocação de assembleia. O contato aconteceu logo depois que a segunda oferta de fusão pela Aliansce se tornou pública, na semana passada, e antes de a BrMalls publicar fato relevante rejeitando, ponto a ponto, os novos termos.

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Aliansce tem apoio de 20% dos acionistas

Os acionistas favoráveis à proposta podem até insistir na convocação da assembleia, mas para isso será necessário angariar mais apoiadores para a aprovação da fusão. A Aliansce tem o aval declarado de aproximadamente 20% dos acionistas da BrMalls, contando com Truxt, Miles e Oceana. O maior apoio é do CPPIB, que é acionista nas duas empresas de shoppings. O fundo de pensão canadense começou a comprar ações da BrMalls em janeiro e já atingiu 10,24% de participação.

A primeira oferta feita pela Aliansce, ainda em janeiro, previa uma fusão em que cada parte teria 50% de participação no novo grupo combinado. Os acionistas da BrMalls também receberiam R$ 1,35 bilhão em dinheiro. Na segunda oferta, o desembolso subiria para R$ 1,85 bilhão e a fatia no negócio combinado seria de 48,92% para Aliansce ante 51,08% para BrMalls.

Mas o conselho de administração da BrMalls refutou novamente. Ambas as partes são entusiastas da hipótese de fusão, o que daria origem ao maior conglomerado de shoppings do País. O impasse está na ausência de pagamento de um prêmio de controle, uma vez que os principais acionistas da Aliansce teriam uma posição relevante no novo grupo, o que, na prática, lhes daria o controle.

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Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 21/03/22, às 19h05.

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