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Bastidores do mundo dos negócios

Adquirentes irão ao Cade contra compra da Linx pela Stone

Concorrentes de meios de pagamento devem se unir para questionarem junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a oferta da Stone pela Linx. Caso a compra seja concretizada, dizem, a Stone poderá impor barreiras à concorrência, sobretudo no pequeno varejo, no qual a Linx chega a ter 50% de participação de mercado em alguns segmentos. Segundo elas, poderá haver também venda casada de produtos. Antes de dar aval a uma operação como essa, o regulador costuma ouvir terceiros interessados. A Stone tem dito que sua proposta terá caminho livre junto ao Cade e, inclusive, já se muniu de documentos elaborados por especialista de que a compra da Linx pela Totvs teria chance de ser barrada, por risco de concentração.

Foto do author Fernanda Guimarães
Por Fernanda Guimarães e André Ítalo Rocha
Atualização:

Cérebro. Por trás da disputa, está a inteligência nos pagamentos. Depois que as maquininhas tornaram-se commodities, o pulo do gato no setor é tentar conquistar a administração do negócio de quem faz as vendas. É o software que oferece a Linx - e que vem sendo disputado a tapa por Stone e Totvs.

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Outro lado. Procurada, a Stone disse que sua plataforma aberta permite ao cliente optar por quais serviços vai utilizar, podendo combinar os oferecidos pela Stone com os de outros prestadores. A empresa ainda citou um parecer de Afonso Arinos, ex-conselheiro do Cade, para afirmar que a aquisição não gera concentração horizontal ou vertical. "Os aspectos de conglomeração (portfólio) tampouco criam incentivos para condutas de venda casada tendo em vista a inexistência de poder de monopólio e a impossibilidade da exclusão de concorrentes em mercados competitivos. Conclui-se que a operação só poderia gerar ganhos de eficiência, apropriáveis pelas partes e pelo consumidor, associados às potencialidades de criação de novos produtos com novas funcionalidades complementares para o consumidor pela combinação de conhecimentos e competências tecnológicas", diz o parecer. A Stone disse ainda que softwares de gestão não são insumo para pagamentos e nem o contrário. Procurada também, a Linx não se manifestou até o fechamento desta nota.

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