Argumentos. O documento, obtido pela Coluna, destaca que a Comissão Técnica da entidade tem discutido temas relativos ao ressarcimento de prejuízos "experimentados pelos investidores no mercado de capitais brasileiro em decorrência de atos de corrupção praticados por acionistas controladores e administradores de companhias abertas com valores mobiliários negociados no Brasil e no exterior". O texto cita ainda que, por meio de ofertas de ações em bolsa de valores, a JBS levantou recursos com milhares de investidores no mercado. Assim, o reparo de todos os acionistas acabaria por "prestigiar os princípios de igualdade, equidade e legalidade".
Para todos. A Amec frisa que, conforme o acordo de leniência firmado com a holding J&F no ano passado, no valor de R$ 10,3 bilhões, R$ 6,8 bilhões foram destinados à União, bancos públicos e ao MPF, e que apenas alguns investidores institucionais receberam recomposição pelas perdas, mesmo que parcial, como a Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás) e a Funcef (fundação dos funcionários da Caixa Econômica Federal). "Milhares de outros acionistas e investidores da JBS e outras empresas controladas pela J&F Investimentos não foram incluídos no contexto de tal acordo", diz o texto. Procurada, a J&F não comentou.
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