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Bastidores do mundo dos negócios

Após medicamento contra covid, sul-coreana Celltrion quer expandir atuação no País

 

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Por Luisa Laval
Atualização:

Equipe trata paciente com covid em hospital em São Paulo    Foto: Werther Santana/Estadão

Após começar a vender um novo medicamento para o tratamento da covid-19 no Brasil, a sul-coreana Celltrion, especializada na produção de biossimilares (com base biológica), quer expandir a atuação no País e atingir pelo menos R$ 300 milhões de faturamento até o fim do ano. Em setembro, a companhia venceu duas licitações federais no valor total de R$ 283 milhões.

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A empresa já trabalhava com parcerias locais, mas fincou definitivamente os pés no Brasil em 2019, com a contratação de três funcionários para estruturar a operação comercial e o anúncio de investimento anual estimado em R$ 40 milhões. Começou a vender em julho do ano passado e, no primeiro semestre de 2021, faturou R$ 7 milhões. Hoje, tem 25 empregados e estrutura seu planos para expansão no ano que vem.

Na segunda-feira, a Celltrion obteve a liberação para uso emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para vender o Regdanvimabe (CT-P59), medicamento usado no tratamento de covid-19 em pacientes adultos em estágio leve ou moderado, que não necessitam de suplementação de oxigênio, mas com alto risco de progressão para um quadro mais grave da doença.

Demanda

Segundo Michel Batista, gerente sênior de negócios da Celltrion no Brasil, a procura pelo tratamento tem sido grande, mesmo com a diminuição das internações por covid-19. "A vacinação tem avançado e mais pessoas estão protegidas, mas infelizmente ainda há muitas sendo contaminadas", diz ele. "Temos recebido grande procura de planos de saúde, hospitais privados e órgãos públicos estaduais e municipais."

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Para crescer no País, a Celltrion quer conquistar novas licitações, tendo ganhado já algumas em níveis estaduais e municipais. Além disso, a empresa projeta lançar pelo menos um biossimilar por ano até 2032 no Brasil.

O remédio é indicado para ser usado apenas após o diagnóstico e não como pré-tratamento. Tem tido bons resultados com as variantes do vírus, já tendo sido usado por mais de 10 mil pacientes no mundo. "Em um de nossos estudos, 72% desses pacientes não evoluíram para quadros mais graves", diz ele.

O Regdanvimabe é vendido na Coreia do Sul, Espanha, Indonésia e Áustria. Também recebeu aprovação para uso emergencial pela European Medicines Agency (EMA), da União Europeia, e aguarda liberação do Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 23/09/2021 às 15h34.

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