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Bastidores do mundo dos negócios

Após sucesso na Petz, Warburg Pincus abre fundo de US$ 16 bi a brasileiros

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:
A Petz comprou a Zeedog da TreeCorp, que se tornou sua acionista  Foto: Werther Santana/Estadão

Grandes gestoras globais que testaram o Brasil na última "safra" de oportunidades, gostaram do que viram, do tamanho do mercado e - principalmente - do retorno que tiveram. A norte-americana Warburg Pincus, que investe em private equity (participações em empresas fechadas), por exemplo, está presente no Brasil desde 2009 e fará pela primeira vez um esforço para "vender" a nova versão de seu fundo global carro-chefe para investidores brasileiros. Ao mesmo tempo, vai aumentar a alocação dos recursos em empresas no Brasil, dos tradicionais 2,5% a 3%, para aproximadamente 5%.

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Os dois movimentos mostram claramente que os ventos estão favoráveis aos negócios dos fundos de private e que há bastante liquidez no mercado brasileiro. Nos últimos três anos, os fundos de private equity sofreram forte competição da Bolsa, para onde correram investidores e empresas, impulsionados pelo juro baixo. Agora, é hora de avançar nas duas frentes.

Lançado há três meses, o fundo Global Growth 14 tem como meta captar cerca de US$ 16 bilhões e pretende superar a versão anterior, quando a WP levantou US$ 15 bilhões. Tradicionalmente, as captações desse fundo eram feitas no exterior. A abertura para a entrada dos brasileiros começa no ano que vem.

Super-ricos

A expectativa é atrair os bolsos dos super-ricos e aproveitar o sucesso que o fundo teve em investimentos feitos no Brasil, como a rede varejista Petz. Até então, a entrada de brasileiros acontecia nos fundos da WP via contas fora do País.

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A Warburg Pincus também quer surfar a onda de compras, nas quais os fundos de private equity devem avançar com força. Com a volatilidade na Bolsa, as gestoras estão encontrando boas oportunidades de investimento em empresas brasileiras que postergaram ou desistiram de listar ações na B3.

A maior parte das alocações é tradicionalmente direcionada à China e aos Estados Unidos. As porções minoritárias estão distribuídas principalmente em Índia e América do Sul, inclusive Brasil. Como o universo da tecnologia é a prioridade do momento, a WP deve buscar empresas desse segmento e também da economia digital. Procurada, a WP não comentou.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 10/12/21, às 13h32.

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