A Associação NEO pretende questionar junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o resultado do leilão do braço de telefonia móvel da Oi, arrematado na segunda-feira por R$ 16,5 bilhões por Vivo, Claro e Tim. A associação congrega 140 empresas entre operadores de TV por assinatura e provedores de internet. A argumentação, segundo fontes próximas à associação, é que o cenário de concorrência ficaria em xeque. A consultoria Omdia afirma que, caso aprovada a venda, o serviço de telefonia móvel do País teria a maior concentração nos últimos 15 anos.
O maior risco estaria para o cliente, que tende a ter serviço mais caro diante disputa menor entre concorrentes.
A associação deve entrar como "terceiro interessado" nos processos junto ao Cade e à Anatel, assim que a análise formal da aquisição for iniciada pelos órgãos. Procurada, a NEO não quis se manifestar.
Do lado das vencedoras a mensagem é de tranquilidade, segundo fontes. As empresas já teriam se antecipado e costurado um modelo de divisão para evitar problemas com os órgãos de controle.