No meio do caminho. Para que os grandes bancos possam jogar isca nesse mar, entretanto, é necessário derrubar a cláusula restrita que protege a relação da XP com seus agentes autônomos. No acordo de concentração que fechou com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) após o negócio com o Itaú Unibanco, a corretora acertou uma condição restrita, e por isso, guardada em sigilo, de que pode manter exclusividade com os autônomos desde que faça uma contrapartida financeira e por um prazo de até dois anos.
Peixe pequeno. Não são só os tubarões que querem adentrar no mar dos agentes autônomos. As corretoras também querem e, portanto, estão ao lado dos grandes como numa relação de mutualismo, aguardando um pedaço do bolo. Tanto é que cerca de dez nomes do mercado assinaram a denúncia do BTG contra a XP junto ao Cade. Resta saber como o órgão antitruste vai agir diante da briga. Mais ainda, se o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vão intervir na disputa. Já estão de olho.
Rasteira. A procuradoria do Cade, responsável por monitorar o Acordo em Controle de Concentração (ACC) firmado pela XP e Itaú, deu o primeiro passo. Concedeu dez dias para que a XP se manifeste sobre as denúncias abertas na autarquia.
Risco. O Itaú Unibanco não vê o risco de quebra do ACC firmado com o Cade. Vale lembrar que, em caso de descumprimento integral do acordo, XP e Itaú Unibanco arcam com multa de R$ 3 milhões cada junto ao órgão de defesa econômica. Mais salgadas são as multas se descumprirem o acordo com o Banco Central. Nesse caso, o banco terá de pagar multa de R$ 2 bilhões e a XP, de R$ 500 milhões.
Tudo meu. A XP tem plugados à sua plataforma mais de 80% dos quase 5 mil agentes autônomos que operam no Brasil. Na briga aberta no fim do ano passado e que foi parar na Justiça, a XP obteve liminar que impediu o BTG de abordar sua rede de agentes autônomos.
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