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Bastidores do mundo dos negócios

Bancos se reúnem com Eletrobras sobre privatização, que deve seguir modelo da BR

O modelo e estratégia para a capitalização da Eletrobras ainda não está definido, mas os bancos de investimento já começaram a se reunir com a companhia, presidida por Wilson Ferreira Jr., para fazer sugestões e dar ideias sobre formas de condução da operação. Na prática, a companhia mantém conversas com os bancos há praticamente dois anos, quando o assunto da privatização da elétrica começou a ser tratado, mas agora o tema ganhou tração. As provocações até aqui, contudo, não têm partido da companhia, o que é esperado para acontecer em breve. A União controla a Eletrobras com 51% das ações ordinárias, que são aquelas com direito a voto. Mas ainda há dúvidas sobre uma oferta primária diretamente da companhia, com a emissão de novas ações, ou a abertura de capital de uma nova empresa, fruto de uma cisão de ativos, já que algumas das empresas hoje detidas pela Eletrobras devem por lei permanecer públicas, caso de Itaipu e da Eletronuclear, o que tem estado na mesa de discussões. Seja como for, a ideia é que a União tenha sua participação diluída, deixando de ter o controle. Na mira está a oferta da BR Distribuidora, cujo controle foi vendido na semana passada no mercado em uma oferta subsequente (follow on) e que criou um novo modelo de negócios, na qual a empresa tem capital pulverizado na Bolsa, mas com uma estatal como sócio de maior peso. Procurada, a Eletrobras não comentou.

Por Coluna do Broadcast
Atualização:

Hot. Entre gestores, a percepção, desde já, é de que haverá interesse na oferta bilionária da companhia, diante do pano de fundo do elevado interesse dos investidores no setor elétrico, que atraiu cerca de R$ 10 bilhões em investimentos em três ofertas - Neoenergia, CPFL Energia e Light, em um prazo de um mês.Case. Na BR Distribuidora, a venda das ações em oferta na bolsa foi secundária, ou seja, a Petrobras se desfez de sua participação e embolsou mais de R$ 9 bilhões com a operação ao diminuir sua fatia para cerca de 37%. Para essa privatização realizada na Bolsa, a BR teve antes que alterar seu estatuto em assembleia de acionistas, para incorporar a mudança. Não precisou, ainda, de aprovação do Congresso, o que será necessário no caso da Eletrobras. Dada a largada. O presidente Jair Bolsonaro já autorizou o aprofundamento de estudos para realização da desestatização da companhia.//com Luciana Collett Contato: colunabroadcast@estadao.com.br

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