O patamar de referência de valor mínimo da ação para a oferta ser colocada na rua tinha de "casar" com o valor patrimonial da instituição financeira. Essa correlação estava em R$ 18,38. Ou seja, o governo embolsaria valor maior do que patrimônio se a ação fosse vendida acima desse nível. A correlação foi calculada conforme condições de mercado observadas no fim do segundo trimestre.
Descompasso. O problema é que, desde então, o banco gaúcho viu o patrimônio aumentar e, atualmente, seria preciso vender a ação pelo menos a R$ 18,90 para que a venda fosse acima do valor patrimonial. Como o banco tinha demanda para a oferta com os papéis apenas a R$ 18,50, o Banrisul teve de postergar a conclusão da operação em um dia e, ainda, diminuir o volume de ações ofertadas pelo governo gaúcho, para fazer nova tentativa. A venda de ações abaixo do valor patrimonial do banco certamente seria questionado pelo Tribunal de Contas do Estado. A oferta, mesmo assim, fracassou. Procurado, o Banrisul não comentou.
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