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Bastidores do mundo dos negócios

BB e família Ermírio de Moraes vislumbram janela para IPO do BV em 2021

Enquanto a abertura de capital da bandeira Elo ainda é uma incógnita, no caso do BV, antigo banco Votorantim, a ideia dos sócios Banco do Brasil e família Ermírio de Moraes é levá-lo à bolsa em 2021, disseram três fontes ao Broadcast. Nesse sentido, os acionistas não pretendem suspender o processo da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em curso, mas aguardar uma janela favorável passadas as eleições nos Estados Unidos e em meio à esperança de uma vacina contra a covid-19 para breve.

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Por Aline Bronzati (Broadcast)
Atualização:

"O IPO do BV não foi suspenso porque vai acontecer, assim que o mercado reagir. IPO é sempre momento de mercado", explica uma fonte próxima aos sócios.

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A conversa com os Ermírio de Moraes já foi engrenada após a chegada do novo presidente do Banco do Brasil, André Brandão. Há um entendimento de ambos para a operação, mas também a leitura de que o mercado não está favorável. As ações dos grandes bancos acumulam queda de 15% a 30% na bolsa brasileira em 2020. Pesam, sobretudo, impactos da pandemia, que ainda trará aumento na inadimplência, além da concorrência e dos juros baixos, que refletem no spread bancário (diferença de quanto o banco paga para captar e cobra para emprestar).

"Do jeito que estão os preços dos bancos, não é hora de falar em IPO. Vamos esperar o mercado voltar. Sem pressa", diz a fonte, que prefere não ter seu nome revelado.

A ideia dos sócios, conforme apurou o Broadcast, é manter a oferta nos moldes já desenhados. O BV retomou os planos de IPO em agosto último, após engavetá-la em março em meio à pandemia como outros pares. No pedido enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a instituição informa que será uma oferta primária, cujos recursos entram no caixa, e secundária, aquela que vai para o bolso dos acionistas. Não há, porém, valores.

Conforme já havia antecipado o Broadcast, em janeiro deste ano, o plano dos sócios é levantar em torno de R$ 5 bilhões na bolsa. Cada sócio venderia uma fatia de R$ 2 bilhões e o restante, R$ 1 bilhão, entraria para o caixa do BV para financiar sua expansão digital.

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O IPO do banco tem como coordenador líder o Goldman Sachs e o JPMorgan como agente estabilizador. O braço de atacado do BB, que recentemente se uniu com o suíço UBS, Itaú BBA, Morgan Stanley e Bank of America também estão na operação.

Procurado, o BV não comenta. O BB também não se pronunciou a respeito.

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