Há anos um importante acionista da Vale com presença no bloco de controle, o BNDESPar, braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deverá se despedir por completo da empresa ainda neste ano. Depois de realizar o bilionário leilão em bolsa (block trade) de ações da Vale, no valor de R$ 7,2 bilhões, agora o banco de fomento parte para a venda de suas debêntures participativas. Neste caso, o processo é um pouco mais complexo: as debêntures serão listadas na bolsa, como se fossem ações. Depois disso será realizada uma oferta pública, como uma tradicional oferta subsequente (follow on) de ações. Tudo isso é esperado para ser concluído neste ano.
E tem mais. Para o próximo mês, o BNDES poderá ainda vender o restante de suas ações na Vale, já que elas serão liberadas após o fim do acordo de acionistas da mineradora, o que ocorre no dia 9 de novembro. O passo, marcará ainda, a saída quase que integral do governo do capital da companhia, privatizada em 1997 no governo de Fernando Henrique Cardoso. A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, ainda tem participação, mas também deve partir para a venda. Procurado, o BNDES não comentou.