Vem que tem. Já no mercado externo, a intenção da BRF é levantar US$ 850 milhões com investidores para recompra de papéis emitidos com custo maior. A companhia possui US$ 750 milhões em bônus que vencem em janeiro do ano que vem. Esses papéis foram emitidos em 2010 e pagam juro anual de 7,250%, o mais elevado entre todos os bônus que a empresa tem no exterior.
Túnel do tempo. A última vez que a BRF acessou o mercado de dívida externa foi em 2016. Essa ausência, somada à elevada demanda recente dos investidores estrangeiros por títulos de dívida de emergentes e ao novo momento da empresa, tendem a beneficiar uma eventual operação lá fora. Outras empresas que acessaram o mercado externo recentemente, incluindo sua concorrente JBS, captaram a custos historicamente baixos. E provavelmente, a BRF deve aproveitar a volta das férias no Hemisfério Norte, em setembro, para emitir.
Carona. O balanço da BRF agradou o mercado. O papel subiu mais de 5% no dia da divulgação e a expectativa da companhia é justamente capturar esse otimismo. Ao comentar os resultados da empresa, na semana passada, o CEO global da BRF, Lorival Luz, admitiu que a companhia avalia formas de alongar suas dívidas e disse que o follow on não estaria mais no radar. Procurada, a BRF não comentou.
Contato: colunabroadcast@estadao.com
Siga a @colunadobroadcast no Twitter