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Bastidores do mundo dos negócios

Casa dos Ventos investe R$ 1 bi em expansão, que tornará parques híbridos

Por Wilian Miron
Atualização:
Geração de energia eólica bateu cinco recordes este mês  Foto: Werther Santana/Estadão

Após comercializar 730 megawatts (MW) médios dos complexos eólicos Rio do Vento e Babilônia em contratos de longo prazo, a Casa dos Ventos já trabalha para expandir em aproximadamente 400 MW os empreendimentos transformando-os em parques híbridos, com projetos de geração solar fotovoltaica que utilizarão áreas próximas aos aerogeradores e parte da estrutura de transmissão já construída no local. O investimento estimado na expansão é de R$ 1 bilhão.

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Com a expansão, os empreendimentos devem passar dos 1,5 gigawatts (GW) atuais para quase 2 GW de capacidade instalada, segundo o diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos, Lucas Araripe. A expectativa da empresa é que esses projetos entrem em operação junto com as eólicas, previstas para 2023. "Isso traz mais energia para o nosso portfólio, e estamos vendo a estratégia para colocá-la no mercado".

Hoje, a Rio do Vento já é considerado um dos maiores complexos eólicos do mundo, com capacidade para produzir mais de 1 GW de energia. Ele será implantado no Rio Grande do Norte e sua primeira fase entrará em operação comercial neste ano, enquanto a segunda está prevista para começar a produção no início de 2023.

Araripe afirma que a aposta em parques híbridos deve trazer benefícios à companhia, como a redução de custos devido ao compartilhamento de equipamentos, que já estavam no projeto para escoar as eólicas. Além disso, como as eólicas têm pico de produção no período noturno, e a solar durante o dia, a estratégia de unir as duas fontes também reduz a intermitência da geração nos projetos da empresa. "A ideia é tornar híbridas as plantas eólicas para trazer energia mais barata, e ao agregar solar temos uma geração mais estável também".

Comercialização

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Para esses empreendimentos, a estratégia de comercialização da energia está baseada em garantir parte da produção em contratos de venda de energia no longo prazo (PPAs, da sigla em inglês), e manter aproximadamente 25% da geração descontratada para ser vendida no mercado de curto prazo pela área de comercialização da empresa, que foi lançada neste ano.

Com isso, dos 730 MW médios já comercializados no mercado, 470 MW médios atenderão grandes consumidores no modelo de autoprodução, enquanto os demais 260 MW médios serão destinados a grandes grupos como a Energisa e a Copel Mercado Livre, que adquiriu 137,6 MW médios pelo prazo de 13 anos. Essa energia será entregue a partir de 2023, e deve suprir contratos que a comercializadora paranaense tem com consumidores no mercado livre.

Da energia negociada com a Copel, 87,6 MW médios serão entregues com a segunda fase do Complexo Rio do Vento. Outros 50 MW médios serão alocados em outros projetos da companhia. "A Copel passa a ser um dos nossos maiores clientes, e eles têm boa capacidade de distribuição dessa energia", disse.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast Energia no dia 06/08/2021, às 15h29.

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