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Bastidores do mundo dos negócios

Cemig pretende vender Taesa e abrir capital da Gasmig em 2022

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Por Leandro Tavares e Wilian Miron
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Mesmo com eleições adiante, quando os mercados ficam voláteis e a realocação de capital dos investidores, mais restrita, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) tem para o ano que vem uma agenda bem carregada: pretende vender a participação que tem na Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) e também realizar a abertura de capital da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig).

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Em entrevista exclusiva ao Broadcast Energia, o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da companhia, Leonardo Magalhães, afirmou que a expectativa era concluir o processo de venda da Taesa este ano, mas não foi possível. "A gente entende que é um recurso importante para viabilizar os investimentos em Minas Gerais."

Segundo ele, o processo de venda da transmissora não é fácil, já que ela tem um valor relevante. "O outro acionista (Isa Brasil) também teria opção de comprar nossa participação. Esse processo a gente entende que tem valores relevantes e gasta algum tempo para ser concluído".

Mesmo diante de uma possível volatilidade do mercado em 2022, já que é ano eleitoral, Magalhães acredita que a Taesa é líquida, atrativa, rentável e teria condições de ser vendida mesmo em cenário de eleições.

"A gente entende que ano de eleição sempre traz instabilidade que afeta as companhias com captação de recursos, taxa de juros, abertura de mercado e pode ter investidores esperando o melhor momento", diz o diretor da Cemig.

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Em relação à Gasmig, que atende a região metropolitana de Belo Horizonte e outros municípios do Estado, a expectativa é que a abertura de capital também aconteça no próximo ano. Magalhães ressaltou que a empresa é um ativo valioso, que tem concessão até 2053, alavancagem baixa e que tem muitas condições para ser explorada.

"Entendemos que hoje precisa de uma reorganização societária com abertura de capital. Contratamos assessores financeiros para buscar alternativas para fazer o processo de abertura de capital, mesmo que minoritária", diz o executivo.

Para ser privatizada, no entanto, ele explicou que, assim como a Cemig, hipótese levantada pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, ela precisaria de aprovações na Assembleia Legislativa do Estado.

Além de Taesa e Gasmig, o plano de desinvestimentos da Cemig considera a venda de outros ativos, como a Aliança Energia, joint venture com a mineradora Vale, a Renova Energia, que teve a venda anunciada hoje por R$ 60 milhões, além de fatias nas usinas de Santo Antonio, Belo Monte, Axxion e Ativas, entre outras.

 

Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 12/11, às 17h52.

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