A oferta de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) da Havan foi tão bem-sucedida que teve o custo da operação reduzido. A demanda pelos CRIs da rede varejista de Luciano Hang superou os R$ 800 milhões e a Havan captou R$ 500 milhões pagando como remuneração um prêmio de 1,50% sobre o CDI. A oferta foi lançada com taxa de até 1,70%. Os papéis, que têm isenção de Imposto de Renda, foram adquiridos majoritariamente por pessoas físicas de alta renda, mas alocações foram feitas também em tesourarias de bancos e entre gestoras.
A oferta foi coordenada pelo BTG Pactual e teve a participação dos bancos Itaú BBA, Safra e XP Investimentos. Antes do CRI, a Havan tentou duas vezes abrir capital na bolsa, sem sucesso. A primeira foi em meados de 2020 e a segunda em março de 2021.
O empresário Luciano Hang, fundador da rede varejista Havan e presidente do conselho, participou pessoalmente das apresentações para investidores. Ele e o presidente-executivo, Edson Diegoli, estiveram com agentes autônomos na sede do BTG, em São Paulo - vestidos de verde e amarelo - e falaram para um auditório cheio. O público-alvo da oferta foi o investidor qualificado, com patrimônio investido acima de R$ 1 milhão.
Segundo Hang, a captação vai permitir à empresa financiar sua expansão, que prioriza cidades acima de 100 mil habitantes ou polos regionais com mais de 200 mil pessoas. A meta é abrir oito novas lojas este ano. A Havan encerrou 2021 com receita líquida de R$ 9,5 bilhões, abertura de 15 lojas e R$ 1,2 bilhão em caixa. Hang recebeu quase R$ 800 milhões em dividendos da Havan em 2021, após uma assembleia extraordinária em dezembro.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 12/04/22, às 08h00.
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