Depois da venda da participação de 35% para o Credit Suisse, aquisições como as da casa de research Eleven, e a reorganização de suas operações, o Banco Modal finalmente deve ir à Bolsa. O grande foco dos recursos a serem captados com a oferta de ações (IPO, na sigla em inglês) será o banco digital, o Modalmais. A intenção é dar musculatura à operação e concorrer em um modelo de negócio de serviços bancários, onde a XP também deve investir forte neste ano. Além do Credit Suisse, Bank of America e o Itaú BBA também integram o sindicato de bancos da oferta.
Investimento é crédito. O modelo de banco digital do Modal é baseado no investimento, o que evita o comprometimento do balanço em operações de crédito. O banco origina as ofertas de crédito aos clientes, as transforma em instrumento de dívida, e oferece como investimento na sua plataforma. O chamado crédito colateralizado, em que o cliente toma recursos dando o investimento que tem na casa como garantia, já está presente no leque de serviços do banco e entre as vertentes de expansão do negócio. Procurado, o Banco Modal não quis comentar.
Copia e cola. Essa estrutura conhecida como "asset light" dos bancos digitais faz parte das inovações de serviços que a indústria de plataformas de investimento têm mergulhado, em meio ao crescimento da concorrência e investimentos em tecnologia. A XP, por exemplo, anunciou na terça, 23, que vai se dedicar a seu banco digital neste ano e incomodar as instituições financeiras tradicionais na área de crédito. A estratégia é também de asset light, já que a casa nasceu e quer manter sua identidade disruptiva e líder no segmento de investimentos.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 24/02/2021
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