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Bastidores do mundo dos negócios

Cortel capta R$ 200 mi para disputar licitação de cemitérios em SP

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:
Licitação para operar os cemitérios será dia 5 de maio  Foto: Werther Santana/Estadão

O Grupo Cortel, que atua no setor de serviços funerários, levantou R$ 200 milhões com a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) para não deixar escapar a concessão de cemitérios na cidade de São Paulo, onde o número de óbitos chega a 60 mil ao ano. Assim como várias outras empresas que haviam se aproximado da ideia de se listar na B3, o Cortel desistiu de uma oferta em bolsa (IPO, na sigla em inglês) no fim do ano passado.

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Com uma estratégia já desenhada de expansão e verticalização, ou seja, a oferta de planos e serviços funerários e de sepultamento, o Cortel tem trabalhado em outras estruturas de financiamento. A disputa por mais de 20 cemitérios e serviços funerários da capital paulista é vista como fundamental nessa rota de crescimento junto a um público de alto poder aquisitivo, que o grupo mira.

A licitação para operar os cemitérios paulistanos por 25 anos está prevista para acontecer em 5 de maio e o Cortel trabalha na estrutura financeira e junto a seu parceiro, a gestora Zion, para ficar com pelo menos um dos quatro blocos oferecidos pela prefeitura à iniciativa privada. Somente em outorga, o grupo pode gastar entre R$ 100 milhões a R$ 180 milhões, margem de variação do lance mínimo a depender do bloco. A empresa não conta, entretanto, detalhes.

Demanda

O Cortel estima que, caso saia vencedor de apenas um dos blocos, poderá elevar a demanda por seus serviços em 60% e o faturamento ultrapassar os R$ 300 milhões ao ano. Em 2021, a receita fechou na casa de R$ 200 milhões.

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A oferta de CRIs começou há mais de um mês, em duas tranches de R$ 100 milhões, com prazo de dez anos. Na primeira tranche de R$ 100 milhões, os CRIs foram adquiridos pelos fundos imobiliários listados em bolsa das gestoras VBI e REC Capital, e pagavam prêmio de 7% sobre o IPCA. A expectativa é de que esses mesmos fundos voltem a comprar mais papéis. A segunda tranche deve ser concluída no fim deste mês.

Parte dos recursos captados também está sendo direcionada a financiar aquisições de cemitérios e planos funerários pelo País. Foram quatro compras de empresas no ano passado e outras duas estão atualmente em fase de conclusão. A mais recente foi a do serviço funerário de Belo Horizonte Metropax, que tem planos funerários com 400 mil beneficiários.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 13/04/22, às 08h30.

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