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Bastidores do mundo dos negócios

Cosan e empresa norte-americana demonstram interesse na ES Gás

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Por Wilian Miron
Atualização:
Parte do gás natural volta aos poços de onde é extraída    Foto: André Valentim/Agência Petrobras

Após acertar com a BR Distribuidora os últimos detalhes para uma venda conjunta de suas participações na Companhia de Gás do Espírito Santo (ES Gás), o governo capixaba já tem recebido sondagens de potenciais compradores da concessionária de gás natural do Estado. Ao menos três empresas, entre elas o Grupo Cosan e uma companhia norte-americana, teriam demonstrado interesse no ativo.

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O Estado tem 51% das ações ordinárias e 2% das preferenciais, enquanto as participações restantes pertencem à BR Distribuidora.

Os próximos passos para levar a empresa a leilão devem ser concluídos nas próximas semanas, quando os acionistas da ES Gás assinarão o contrato com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que passará a ser o responsável pela modelagem e precificação da empresa, que deve ficar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão, segundo fontes consultadas pelo Broadcast Energia.

Valorizada

O valor estimado para a venda da concessionária é significativamente maior do que a faixa entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões estimados em 2019. Isso porque, a empresa fez investimentos na interligação da rede de distribuição de Linhares ao gasoduto de transporte Cacimbas-Vitória, que aumenta a capacidade de fornecimento de gás natural no Norte do Estado. As obras começaram em junho e têm prazo de conclusão de 12 meses. Além disso, a empresa obteve no ano passado a renovação do contrato de concessão pelo prazo de 25 anos.

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Quem levar a concessão passará a administrar uma rede de 465 quilômetros de malha de gasodutos em 13 municípios, onde a ES Gás atende a 67,087 mil consumidores.

Segundo o secretário de Inovação e Desenvolvimento do Espírito Santo, Tyago Hoffmann, com o avanço na negociação com a BR Distribuidora, o leilão para a venda de 100% da companhia deve acontecer no primeiro semestre do ano que vem, possivelmente entre março e abril.

Hoffmann disse também que a venda da empresa é conceitual, e não porque o Estado esteja endividado. "Queremos ampliar e fomentar parcerias com o setor privado, e entendemos que com um investidor assumindo a concessão, será possível ampliar o nível de investimentos no Estado e beneficiar grupos que precisam do acesso a um gás mais barato", disse.

Procurado, o Grupo Cosan não comentou o assunto. O BNDES e a BR Distribuidora não responderam.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast Energia no dia 16/08/21 às 16h16.

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