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Bastidores do mundo dos negócios

Cresce incômodo do conselho da BRF com membros indicados pela Petros

A prisão do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, Ademir Bendine, aumentou o incômodo do Conselho de Administração da BRF com as investigações envolvendo membros indicados pela Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás. Antes de Bendine, que foi conselheiro da fabricante de alimentos até abril deste ano pela Petros, os ex-conselheiros Luis Carlos Fernandes Afonso e Carlos Fernando Costa, também indicados pela fundação e com os mandados encerrados em abril de 2015, já haviam sido citados como beneficiários de propina na delação de Joesley Batista, da rival JBS.

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Por Coluna do Broad
Atualização:

Correndo atrás Procurada, a Petros destacou que estuda a possibilidade de processos de responsabilização para tais executivos e que há uma nova política de seleção de conselheiros, que traz critérios de mercado e foi implementada neste ano pela nova administração da fundação. Além disso, afirmou ainda que possui excelente relação com a BRF. Já a BRF não comentou.

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Veja a nota da Petros na íntegra:

A Petros informa que desconhece qualquer restrição aos atuais conselheiros indicados pela Fundação para o Conselho da BRF. Pelo contrário, há excelente relação entre Petros e BRF.

É importante esclarecer que todos os profissionais que atualmente ocupam assentos nos conselhos de administração e fiscais nas empresas em que a Fundação possui participação relevante foram escolhidos de acordo com as regras da nova política de seleção de conselheiros, implementada em maio deste ano pela atual Diretoria Executiva como uma das medidas para aperfeiçoar a governança da Fundação. A nova política, que valoriza a experiência profissional e privilegia a captação de especialistas de mercado, determina que seja criado um ranking a partir da avaliação rígida de critérios como a formação acadêmica, a trajetória corporativa, a disponibilidade de tempo para dedicação à atividade e o grau de conhecimento sobre as atividades-fim das companhias. As novas regras tiveram como benchmark as melhores práticas e experiências de grandes empresas e fundos de pensão, resultando em um formato exclusivo no segmento de fundos de pensão.

Em relação aos ex-dirigentes da Petros que ocuparam assentos no Conselho da BRF no passado, a Fundação informa que está estudando a possibilidade de processos de responsabilização, no intuito de buscar ressarcimento e de defender a imagem da instituição. Essa iniciativa já está em andamento, em fase de aprofundamento das discussões de linhas de atuação com nossos advogados internos e externos.

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A atual direção da Petros reforça que tem envidado todos os esforços para reforçar a governança, aumentar a transparência, aperfeiçoar a gestão administrativa e previdenciária e recuperar a rentabilidade dos ativos dos respectivos planos.

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