A CSN pode voltar a captar recursos no mercado de dívida no exterior, ainda este ano. Em junho, a siderúrgica fez uma operação extremamente bem-sucedida, ao encontrar demanda superior a US$ 4 bilhões por seus títulos de dívida (bonds). À época, a emissão alcançou US$ 850 milhões. Agora, a nova operação ficaria entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão. O dinheiro seria usado para ajudar a pagar a compra da LafargeHolcim no Brasil, pela sua subsidiária a CSN Cimentos, por US$ 1,025 bilhão, no início de setembro. O que a empresa monitora é preço. O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, é conhecido por ser duro no jogo de definição dos preços, no processo de venda dos bonds.
O mercado de dívida anda abalado pelas perspectivas de aumento de juros nos Estados Unidos e pela crise financeira da construtora chinesa Evergrande. Essas incertezas podem implicar custo maior do que o pago em junho, para levantar recursos lá fora. Mas a liquidez global ainda é grande e os investidores apareceram em peso para comprar os bonds da companhia no meio do ano.
IPO distante
A ideia de fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da CSN Cimentos está praticamente descartada, pelo menos por enquanto. A volatilidade no mercado de ações aumentou muito e as preocupações com China só aumentam a turbulência para a companhia, por conta do impacto no preço das commodities
Outro ponto é que ficaria difícil vender ações da CSN Cimentos sem conhecimento sobre quais eventuais remédios o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode exigir para aprovar a compra da LafargeHolcim. O negócio foi celebrado no início de setembro e ainda está sujeito à aprovação do órgão. Procurada, a CSN não comentou até a publicação desta nota.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 30/09/2021 às 18h15.
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