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Bastidores do mundo dos negócios

CSN inicia conversas para lançar US$ 1 bi de bônus sem carta de conforto

A CSN iniciou na segunda-feira, 5, reuniões com investidores estrangeiros para apresentar uma proposta de captação de até US$ 1 bilhão, mas sem a carta de conforto da Deloitte, necessária para garantir maior sucesso à operação. A auditoria havia apontado "deficiências" no controle interno da siderúrgica de Benjamin Steinbruch no relatório 20-F de 2016, apresentado à Securities and Exchange Commission (SEC, o regulador de valores mobiliários dos EUA) pelas empresas com ações negociadas na bolsa norte-americana. Com a carta, instrumento que visa a assegurar o cumprimento das obrigações assumidas por determinada empresa, investidores têm maior tranquilidade para adquirir os bônus (títulos de dívida), por meio dos quais a companhia vai captar os recursos.

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Por Coluna do Broadcast
Atualização:

Contra o tempo. A previsão é de que a carta de conforto chegue na quinta-feira, 8, dia seguinte ao fim das reuniões e quando a oferta de bônus será concretizada. A companhia decidiu colocar a transação na rua sem a carta pronta para não perder tempo. Se esperasse mais, teria de reiniciar todo o processo para incluir os números de balanço do quarto trimestre e de 2017. As apresentações aos investidores estão sendo feitas com os números do terceiro trimestre. Os recursos serão usados para recompra de bônus 2019 e 2020. Em paralelo, também para reperfilar seus vencimentos, a CSN segue em negociação com a Caixa. Procurados, Deloitte e CSN não comentaram.

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Outro lado -atualizada 06/02 às 17:35

A CSN informa que a Deloitte está em dia com a feitura da carta conforto que elabora para a emissão de títulos da dívida da CSN. "A auditoria a entregará assim que for feita a precificação da emissão dos bonds da CSN, cumprindo o momento certo de sua apresentação. A leitura da nota 'CSN inicia conversas para lançar US$ 1 bi em bônus', publicada na coluna do Broadcast, poderia levar à interpretação de que a auditoria está atrasada na entrega da carta. Não é o caso", destaca a empresa.

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