Isso porque o banco atrelou o alongamento de uma dívida detida pela CSN, que está em negociação, à amortização de parcela de outra dívida, detida pela holding da família. Assim, o pagamento de proventos, anunciado na última sexta-feira, foi a solução encontrada para cumprir com essa condição imposta pela instituição financeira.
A dívida em questão é composta por debêntures, emitidas pela holding e encarteiradas na totalidade pelo Bradesco, somando R$ 1,656 bilhão na ocasião. Atualizada, no entanto, a dívida se aproximaria de R$ 2 bilhões. Essas debêntures têm como garantia ações da própria CSN, além de fiança prestada por Benjamin Steinbruch, presidente da siderúrgica.
Antes do Bradesco, a CSN já havia reperfilado sua dívida junto a Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, mediante mais garantias.
Pressão. O mercado tem cobrado da CSN a redução de seus níveis de alavancagem. Ao fim de junho último, o endividamento líquido era de R$ 26,7 bilhões. Procurada, a CSN reiterou seu compromisso "com a rápida redução de sua alavancagem, a fim de alcançar as metas de curto e médio prazos recentemente comunicadas ao mercado, por meio do seu programa de desinvestimento em curso e da constante melhoria operacional".
Siga a@colunadobroad no Twitter