É cultural. O cartão de débito era antes tão seguro quanto o de crédito. Só que os consumidores têm medo de usar o débito pela internet, porque, se houver alguma fraude, o dinheiro já saiu da conta. O que muda, agora, é que o risco de fraude foi reduzido. Com o índice de fraude em tendência de queda, pode aumentar a confiança de quem compra.
Mais seguro. Segundo Edson Ortega, vice-presidente de Risco na Visa do Brasil, entre 60% e 80% das compras feitas pela internet com cartões são autorizadas, ante um índice de conversão de 98% nos pagamentos feitos presencialmente. Além disso, no online o risco de fraude é de 1%, contra 0,03% no presencial. Com os testes feitos com o novo protocolo, as conversões pela internet já chegam a algo entre 85% e 90%, sem nenhuma fraude por enquanto.
Aderência. Se a estimativa de R$ 160 bilhões em transações se confirmar, o débito ainda estará longe do crédito. No ano passado, a categoria movimentou R$ 323,5 bilhões em compras online. Ortega diz que o débito tem potencial para substituir parte das transações feitas por boleto e ser mais utilizada por um público de menor renda.
E o Pix? Ortega não vê o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), como uma ameaça aos pagamentos por débito. O Pix vai começar a funcionar em novembro e permitirá que pagamentos sejam feitos em menos de dez segundos. Para ele, o novo meio de pagamento, inicialmente deve substituir o TED e o DOC, usados para transferências.
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