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Bastidores do mundo dos negócios

Deel lança pagamento de faturas internacionais em real para reduzir custos

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Por Elisa Calmon
Atualização:
Concorrência limita alta de preços de pacotes de banda larga    Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Deel, fintech focada em gestão de pagamentos e contratos para equipes internacionais, vai passar a emitir notas fiscais de importação de serviço a partir de sua entidade brasileira. A medida, que passa a valer para todos os clientes a partir de janeiro, irá reduzir em 50% os custos para empresas nacionais na hora de contratar serviços e colaboradores estrangeiros. Dos mais de 150 países em que a empresa atua, o Brasil foi o primeiro a receber essa modalidade, enquanto a fintech é a primeira a oferecer esse tipo de serviço por aqui.

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O desenvolvimento desse novo modelo acontece na esteira dos US$ 630 milhões captados pela fintech nos últimos meses. Na prática, em vez de as faturas serem geradas em formato de invoice (nota fiscal de pagamentos internacionais), a Deel vai faturar os clientes brasileiros por meio de notas fiscais nacionais, que podem ser pagas em real com apenas alguns cliques. Esse formato visa ainda eliminar a preocupação com tarifas cambiais.

"Vemos esse movimento como um divisor de águas, porque o pagamento por meio de invoice no Brasil é muito mais caro e complexo, o que limita a expansão de empresas nacionais. A nova modalidade abre um leque para contratação de melhores serviços e colaboradores, facilitando as companhias a participarem globalmente do mercado", afirmou o country manager da Deel no Brasil, Cristiano Soares, em entrevista ao Broadcast.

Atualmente, a fintech atende cerca de 50% dos unicórnios brasileiros, de acordo com o executivo. Mas tem visto uma maior procura de empresas de menor porte e quer aproveitar essa oportunidade para impulsionar o setor. A atração dessas companhias menores faz parte do plano de expansão da Deel que chegou ao Brasil em abril de 2021. Desde então, a operação nacional tem crescido entre 25% e 30% mensalmente, com um portfólio de cerca de 100 clientes. Para 2022, a meta é quadruplicar esse número.

Impostos

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A escolha pelo Brasil para estrear esse modo de pagamento não foi aleatória, segundo Soares. A complexidade tributária do País foi a principal motivação. Para ilustrar, o executivo comenta que, somados, os impostos de importação podem chegar a 45% do valor do contrato, enquanto em outros países da América Latina a carga não passa de 20%. Com o pagamento de faturas internacionais em real, os clientes passam a pagar apenas os impostos recolhidos no Brasil, próximos de 20%.

"Como a Deel é uma empresa global, podemos realizar os pagamentos por meio de nossos braços em outros países, sem a preocupação tributária ou cambial. Assim, vamos utilizar os valores pagos pelas empresas daqui para investir de volta na operação brasileira e movimentar a economia local", explica Soares.

Na escala global, a fintech viu seu faturamento crescer 1000%. Embora tenha estabelecido sua sede no Vale do Silício, em São Francisco, Califórnia, a Deel é uma empresa remota, com 400 colaboradores de 26 nacionalidades diferentes.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 03/12/21, às 14h06.

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