Azedou. A disputa envolve a conclusão de um contrato de compra e venda de 100% da Eldorado para a PE, por R$ 15 bilhões, sendo R$ 7,5 bilhões representados por dívidas. Apenas metade do acordo foi cumprido, resultando no desembolso de R$ 3,8 bilhões pelo indonésio que ficou com uma participação de 49,41% na empresa de celulose. A conclusão financeira do negócio ficou emperrada na liberação pela PE de R$ 8 bilhões em garantias dadas pela J&F nos empréstimos tomados para a construção da Eldorado, iniciada em 2012.
Diz-que-diz. A PE acusa os Batista de não colaborar com os trâmites necessários para liberar as garantias, pré-requisito para que a PE fique com o restante da Eldorado. Já a família dona da J&F alega que o tempo passou e, nos 12 meses de vigência do acordo, a PE não conseguiu liberar as garantias junto aos bancos. Agora, os árbitros vão decidir quem está com a razão. No desfecho, a família Batista pode ter de conviver com a PE no quadro de acionistas da Eldorado. Ou o indonésio, eventualmente, enfrentar uma nova discussão sobre preço, já que validade daquele contrato expirou. Procurados, a Eldorado, a J&F e a PE não comentaram. (com Fabiana Holtz)
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